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quinta-feira, 18 de julho de 2013

VW Up é flagrado em testes
Com pouca camuflagem, carro mostra linhas finais
Por Vitor Matsubara | Fotos: José Alves Neto e Harley Abud | 18/07/2013
Praticamente toda semana recebemos em nossas caixas de e-mails flagrantes do Volkswagen Up rodando pelas ruas. Mas as imagens enviadas por José Alves Neto e Harley Abud mostram com detalhes como será a versão tupiniquim do compacto alemão.

Fabricado na planta de Taubaté (SP), o Up nacional será maior do que o modelo original. Por ser mais longo, ele terá mais espaço para os passageiros de trás, podendo levar três pessoas no banco traseiro – o Up alemão leva apenas duas. Outra importante mudança é a adoção de uma tampa traseira convencional, feita de metal (e não de vidro) para evitar furtos.

O Up deveria estrear o moderno motor 1.0 de 12 válvulas com três cilindros em linha, mas este privilégio coube ao Fox. Ele terá carrocerias de duas e quatro portas e aposentará o veterano Gol G4. Seu lançamento acontecerá no segundo semestre de 2013.

domingo, 7 de julho de 2013

Land Rover Freelander 2

Na linha 2013, o utilitário ficou ainda mais luxuoso
Por Paulo Campo Grande | Fotos Marco de Bari | 28/06/2013
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O Land Rover Freelander 2 surgiu como um SUV menor e mais despojado que os tradicionais modelos de luxo da marca. Com o tempo, abandonou o voto de simplicidade para ser apenas menor, incorporando toda sofisticação e recursos disponíveis nos outros. Na linha 2013, isso fica bem claro.

Externamente, há poucas mudanças. As principais são os faróis e as lanternas traseiras com novo desenho interno e leds que circundam as áreas dos projetores. As alterações significativas estão mais aparentes na cabine. O painel foi inteiramente reconstruído. Com a instalação de uma central multimídia touch screen, o console ficou mais limpo, com menos comandos a disputar a atenção do motorista. Na parte horizontal, junto à alavanca de câmbio, o sistema Terrain Response (que ajusta o comportamento de tração, câmbio e motor ao tipo de terreno: neve, lama ou areia) agora é acionado por teclas (antes era um botão giratório) e o freio de mão elétrico perdeu a alavanca (mecânica). A sensação é de que a cabine ficou mais espaçosa e arejada. Ainda no painel, o gabinete de instrumentos ganhou uma tela localizada entre o velocímetro e o conta-giros que permite ao motorista visualizar informações básicas como temperatura, nível de combustível, computador de bordo e marcha engatada (no modo manual). O sistema de som é um capítulo à parte. Há duas opções de conjunto disponíveis: de 380 e 825 watts. Na versão topo de linha HSE, mostrada aqui, o equipamento era o mais potente. Projetado pela Meridian, a mesma empresa que fornece para os automóveis da Jaguar e da McLaren, o sistema conta com 17 alto-falantes estrategicamente posicionados para transformar a cabine em uma sala de concertos.

Na parte mecânica, a única novidade é a opção de motor 2.0 Turbo a gasolina de 240 cv de potência, que vem se juntar ao motor 2.2 diesel de 190 cv - ambos acompanhados do câmbio automático sequencial de seis marchas. Na linha 2013, o Freelander 2 tem oito configurações, com preços que variam de 152 000 reais a 199 900 reais.

domingo, 12 de maio de 2013

VW Saveiro 2014

Depois da plástica nos irmãos Gol e Voyage, a picape também ganha o novo visual
Por Vitor Matsubara | 
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Chegou a vez da Saveiro ganhar a identidade da Volkswagen mundial. Assim como Gol e Voyage, a picape compacta traz mudanças mais significativas na dianteira, recheada com novos faróis, nova grade e novo para-choque. Ao contrário de seus "irmãos", nenhuma mudança foi feita nas lanternas. E a gama de versões continua a mesma (básica, Trooper e Cross), assim como as opções de carroceria - simples e estendida.

Os faróis mais retilíneos deixaram a Saveiro com um ar mais elegante, realçado pelo filete cromado que acompanha a grade nas opções mais caras. A versão Trooper trocou as rodas de aço pretas por um conjunto mais tradicional, mas conservou os adesivos laterais pretos. As maiores alterações foram feitas na Cross, equipada com grade frontal exclusiva, para-choque com apliques em plástico preto e cinza (este simulando um protetor de alumínio) e grandes faróis auxiliares com molduras cromadas. Nela há ainda apliques na parte inferior das portas com o nome da versão em baixo relevo, capas dos espelhos retrovisores pintadas de prata e adesivo decorativo na tampa da caçamba - também presente na versão Trooper.

Mais comedido, o interior tem instrumentos com novo grafismo, novas saídas de ar e detalhes prateados no console central e manopla de câmbio no pacote Trend (que ainda oferece faróis escurecidos com parábola dupla). Algumas versões possuem bancos com fios nas laterais feitos de garrafas PET recicladas, sendo que a Cross tem detalhes em baixo relevo nos próprios bancos e opção de revestimento em couro.

Nenhuma alteração foi realizada no motor EA-111 1.6 VHT, o único oferecido na linha Saveiro. São 104 cv com etanol e 101 cv quando o combustível escolhido é a gasolina. Ainda não será desta vez que a picape terá a transmissão automatizada I-Motion: sua única opção continua sendo a transmissão manual de cinco velocidades.

Todas as versões são equipadas com protetor de caçamba, console central com porta-copos, banco do motorista com regulagem de altura, vidros elétricos, tomada 12 volts, travamento central das portas e aviso sonoro dos faróis ligados. Entre os opcionais da versão básica, é possível levar o pacote Trend, que agrega direção hidráulica, para-choques na cor do veículo, calotas, detalhes internos cromados, espelhos retrovisores e maçanetas na cor do carro e chave do tipo canivete.

A versão Trooper inclui airbag duplo frontal, freios ABS, rodas de liga leve de 15 polegadas, santantonio externo, brake-light com iluminação da caçamba, antena no teto, grade de proteção da vigia traseira, para-sóis com espelhos de cortesia iluminados, faróis duplos com máscara negra, computador de bordo I-System e para-brisa com faixa degradê.

Quem escolher a versão Cross levará a mais ar-condicionado, para-choques exclusivos, rodas de liga leve de 15 polegadas Atacama, pneus de uso misto, retrovisores com luzes de seta incorporadas, molduras alargadas das caixas de roda, soleiras, friso lateral com inscrição "Saveiro Cross", sensor de estacionamento traseiro, capota marítima, ganchos deslizantes na caçamba, janela traseira corrediça, preparação para som, faróis de neblina com função milha, travamento das portas por controle remoto, alarme, pedaleiras de alumínio, rede porta-objetos atrás dos bancos, tomada de 12 volts adicional e volante com ajuste de altura e profundidade. Nesta configuração, revestimento interno em couro, rádio CD Player com MP3 e entrada auxiliar, Bluetooth e volante multifuncional são opcionais.
Veja a lista de preços da Saveiro 2014:
Saveiro Cabine Simples 1.6: R$ 33.490
Saveiro Cabine Estendida 1.6: R$ 36.610
Saveiro Trooper 1.6: R$ 43.390
Saveiro Cross 1.6: R$ 48.990

domingo, 14 de abril de 2013

Audi TT RS


Esportivo faz o motorista ter vontade de dirigir até a gasolina acabar
Por Vitor Matsubara | 
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A sigla RS tem um significado especial na linha de modelos Audi. Ela identifica todos os modelos de alto desempenho fabricados pela marca alemã. Só isso já seria suficiente para atiçar a vontade de guiar o TT RS. Mas ele oferece vários outros predicados para conquistar o coração dos milionários.

O principal deles é o motor 2.5 TFSI a gasolina, que entrega 340 cv e torque máximo de 45,89 mkgf, disponível entre 1.600 e 5.300 rpm. Se o condutor colocar a alavanca do câmbio na posição "S" e apertar a tecla Sport será brindado com respostas mais rápidas nas retomadas de velocidade e melhores respostas na direção, além de um ronco mais encorpado saindo dos escapamentos. É difícil resistir à tentação de acelerar. A combinação de direção direta com tração integral faz o TT RS ficar "pregado" no chão e o cupê responde prontamente quando provocado, fazendo o ponteiro do velocímetro subir em um piscar de olhos. Aliás, é bom nem piscar: segundo a Audi, a aceleração de 0 a 100 km/h é realizada em 4,3 segundos na versão Coupé e 4,4 segundos no Roadster. Em ambos a velocidade máxima é limitada eletronicamente em 250 km/h.

O TT RS vendido no Brasil traz transmissão automatizada de sete velocidades com dupla embreagem, rodas de liga leve de 19 polegadas, suspensão esportiva (que rebaixa a carroceria em 10 milímetros), para-choques redesenhados, espelhos retrovisores com capas de alumínio e aerofólio traseiro fixo. A versão Roadster vem ainda com uma capota elétrica feita de aço e alumínio, que se abre em 12 segundos e fecha em 14 segundos.

A lista de equipamentos de série inclui airbags frontais e laterais dianteiros, controle de estabilidade (ESP), faróis de bi-xenonio com ajuste automático de altura, tração integral, sensor de chuva, acendimento automático dos faróis, bancos dianteiros revestidos em couro com apoios laterais e ajustes elétricos, volante com base achatada, borboletas para trocas de marcha sequenciais, ar-condicionado digital com duas zonas de temperatura, computador de bordo, sistema de som Bose e Bluetooth.

O TT RS Coupé já está à venda por 399 mil reais, enquanto o TT RS Roadster custa 419 mil reais

terça-feira, 19 de março de 2013

Dodge Durango SUV é bem equipado, mas custa caro

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Se você gosta de marcas americanas e precisa de um carro maior do que o Dodge Journey, vale a pena conhecer o Durango. O utilitário esportivo traz espaço de sobra para sete pessoas, que podem desfrutar das mordomias típicas dos carrões fabricados na terra do Tio Sam.

As dimensões avantajadas do Durango (só de comprimento ele tem mais de cinco metros) já seriam suficientes para destacá-lo na multidão, mas a típica grade frontal em formato de cruz e o desenho dos faróis não deixam o carro passar despercebido por aí. Já o interior prima pela discrição, com acabamento de boa qualidade e espaço de sobra nas três fileiras de bancos. Se a última fileira for rebatida, a capacidade do porta-malas salta de 490 para 1.350 litros.

O Durango virá para o Brasil em duas versões, chamadas de Crew e Citadel. A Crew traz ar-condicionado digital com três zonas de regulagem de temperatura, bancos revestidos em couro, bancos dianteiros com regulagens elétricas, câmera de ré, sistema multimídia com tela touchscreen de 6,5 polegadas, DVD, disco rígido de 30 GB para armazenamento de músicas, rodas de liga leve de 18 polegadas, aquecimento nas duas primeiras fileiras de bancos, som com nove alto-falantes, subwoofer e amplificador de 500 Watts, Bluetooth com comandos de voz, tampa traseira com acionamento elétrico e tração integral nas quatro rodas.

A topo-de-linha Citadel oferece todos os itens da Crew mais bancos dianteiros com ventilação, faróis de xenônio com regulagens automáticas, rodas de liga leve aro 20, teto solar elétrico, tela traseira de DVD de dez polegadas com dois fones de ouvido sem fio e volante revestido em couro com aquecimento. Causa estranheza apenas a ausência de um sistema de GPS, sob a justificativa de que o software de mapas brasileiro não é suportado pelo sistema multimídia MyGIG.

Nas duas versões o Durango conta com o motor 3.6 V6 Pentastar, que entrega 286 cv, acoplado a um câmbio automático de cinco marchas com trocas sequenciais. São oito opções de cores externas e duas opções de revestimento (preto e cinza claro) na versão Crew. Na versão Citadel, a cabine pode vir totalmente em preto ou na combinação preto com bege. Os preços sugeridos são de 179.900 reais para o Durango Crew e 199.900 reais.

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Teste: Hyundai HB20




07/12/2012 10:35  - Fotos: Luiza Dantas/Carta Z Notícias

Teste: Hyundai HB20 aparece na hora H
Hyundai aproveita a boa imagem que tem no Brasil e já emplaca o compacto HB20 entre os 10 mais

por Rodrigo Machado
Auto Press


Aproveitar uma oportunidade é essencial em qualquer negócio. E a Hyundai é um bom exemplo disso. Depois de anos observando seus carros sendo importados e comercializados sob a batuta do Grupo CAOA, a fabricante sul-coreana resolveu entrar no mercado brasileiro de vez com o compacto HB20. E fez isso explorando exatamente o alto prestígio que tem aqui. Ao ver que tinha espaço para valorizar seu design, buscou o i20, compacto vendido na Europa, e deu uma “recauchutada” nele. Melhorou o desenho e incrementou um boa lista de equipamentos. E já conseguiu resultado com a estratégia. Em novembro, o HB20 foi o nono carro mais vendido do Brasil, à frente de “medalhões” como o Chevrolet Classic e Ford Fiesta.

Em outubro, o primeiro mês de vendas, o HB20 acumulou 3.300 unidades vendidas. No mês seguinte, contudo, o aumento foi expressivo. Foram vendidas 8.077 exemplares, superando até a expectativa inicial da marca. A ideia era vender até o fim do ano 26 mil veículos. Entretanto, no meio de novembro já haviam 50 mil pedidos feitos e faturados, segundo a própria Hyundai. A diferença de 24 mil carros é quase a produção de dois meses da nova fábrica de Piracicaba. A demanda é tão grande que os coreanos anteciparam a criação de um segundo turno de trabalho e já pensam até na expansão da capacidade produtiva da unidade piracicabana.
E isso foi alcançado até com uma certa confusão nas revendas. Junto com o lançamento do carro foram inauguradas 120 concessionárias, que não vendem os carros importados da Hyundai nem os montados na fábrica do Grupo CAOA em Anápolis – comercializam apenas o HB20. Muita gente ficou perdida ao procurar o compacto nas lojas já conhecidas da fabricante e não achar.

Uma das principais razões para sucesso instantâneo do HB20 é exatamente o seu design. Ele utiliza a mesma identidade visual dos outros modelos da marca, com a chamada “escultura fluida”. Parece uma espécie de miniatura da nova geração do i30 ou do Elantra. A Hyundai também apostou em um conjunto moderno no compacto. A plataforma é nova e será usada na próxima geração do i20, compacto que a Hyundai vende na Europa, mas que tem aspecto mais básico que o HB20. Ela permite que o hatch tenha 3,90 metros de comprimento, 1,68 m de altura, 1,47 m de altura e 2,50 m de distância entre-eixos.



Na parte mecânica, a fabricante usou motores que já são conhecidos no Brasil, em carros da Kia, que é parceira da Hyundai. O de entrada é o 1.0 de três cilindros usado também pelo Picanto, com 80 cv e 10,2 kgfm. A estrela da companhia, no entanto, é o 1.6 da família Gamma. No Brasil, ele é usado no Soul e Cerato e até no Hyundai Veloster. Por causa do baixo peso, o hatch da Hyundai fica com comportamento quase esportivo com o propulsor. Os 128 cv e 16,5 kgfm – sempre com etanol – levam os pouco mais de mil quilos do HB a 100 km/h em 9,3 segundos e a uma velocidade máxima de 188 km/h. O câmbio pode ser manual de cinco marchas ou automático de quatro.

Nos equipamentos e na tabela de preços, a Hyundai foi bem menos ousada. Por mais que o HB20 seja um carro bem equipado, não foge do que é oferecido no segmento. Na versão de entrada, que custa R$ 31.995. Itens como ar-condicionado, direção hidráulica e airbag duplo são de série. Lista interessante, mas nada extraordinário. A gama vai crescendo até chegar na topo de linha, batizada com a desgastada alcunha “Premium”. Ela traz alguns elementos a mais como volante com revestimento de couro, sensor de estacionamento e rodas de liga leve de 15 polegadas – e leva o preço a R$ 44.995. Os concorrentes ficam todos na faixa dos R$ 40 mil, R$ 42 mil quando igualmente equipados. O que mostra mais uma vez a importância de aproveitar a oportunidade por parte da Hyundai. As filas de espera nas concessionárias são o resultado disso.


Ponto a ponto
Desempenho – A razão que faz do HB20 Premium um hatch com desempenho praticamente esportivo é simples: a boa relação peso/potência. Com 128 cv e 1.027 kg, o Hyundai tem 8,02 kg/cv – superior a um Peugeot 408 THP e seu motor turbo. O motor de 1.6 litro dá e sobra para o mover o compacto. Basta pisar fundo que o hatch responde. A única parte que depõe contra é o desempenho entre 2 mil e 2.500 giros, quando o propulsor é ligeiramente “preguiçoso”. Mesmo assim, o zero a 100 km/h é feito em 9,3 segundos. Nota 9.

Estabilidade – O HB20 é um carro “durinho”. Isso deixa o modelo bem equilibrado nas curvas e dos mais agradáveis de se guiar. Os pneus 185/60 vestidos em rodas de 15 polegadas dão boa aderência para o compacto, mas deixam o carro flutuar ligeiramente acima dos 120 km/h. A direção hidráulica é precisa, e transmite exatamente o que está se passando com as rodas dianteiras. Nota 8.

Interatividade – O convívio diário com o HB20 é descomplicado. O painel de instrumentos tem visuallização correta, o volante tem boa empunhadura e os bancos são confortáveis. Achar a posição de dirigir também é simples graças aos ajustes de altura e profundidade da coluna de direção e do assento do motorista – ressalva para a pouco prática rodela que comanda a inclinação do assento. O câmbio tem excelentes engates, precisos e justos. Entre os pontos negativos, estão o botão do computador de bordo, “esquecido” no meio do painel, e o rádio demasiadamente simples para o preço do carro. Nota 7.

Consumo – O InMetro informa média de 11,6 km/l de gasolina na cidade e 12,7 km/l na estrada. Com etanol, a conta cai para 7,6 km/l no uso urbano e 8,7 km/l nas rodovias. Nota 8.
 
Conforto – Como todos os compactos, o HB20 foi feito para levar quatro adultos com conforto. Um quinto fica desajeitado no centro do assento traseiro. Não que sobre, mas adultos de mais de 1,80 m se acomodam com relativo espaço na traseira. Na frente, há área suficiente em todas as direções. A escolha por uma suspensão mais rígida sacrifica levemente o conforto na hora de passar em buracos. Nota 7.
 

Tecnologia – O HB20 usa uma plataforma moderna, que teve alguns componentes adaptados especialmente para o Brasil e ainda vai ser base do novo i20 europeu. O motor 1.6 traz soluções interessantes, como o controle variável de válvulas que ajuda no desempenho e no consumo de combustível. A versão testada era a topo de linha, equipada com airbag duplo, ABS, rádio, ar-condicionado e direção hidráulica. Nota 9.

Habitabilidade – Existem boas soluções no interior do HB20, caso do porta-objetos – que abriga as entradas USB e Aux do rádio – com cobertura à frente da alavanca do câmbio. O espaço interno é correto, mas quem vai atrás fica se sente afundado. A sensação é causada pela linha de cintura alta do carro e a pequena área envidraçada. O porta-malas está no nível da concorrência, com 300 litros. Nota 7.

Acabamento – O desenho interior do hatch da Hyundai agrada desde o primeiro momento. É uma visão simplificada do usado em carros maiores da marca, como o Sonata. A escolha dos materiais agradam principalmente na porção central do painel. Na área que circunda os comandos do ar-condicionado e do rádio, o plástico tem boa textura. No restante, é um material rugoso, pouco agradável ao toque, sem muito requinte. Padrão seguido pelo revestimento dos bancos. Nota 8.

Design – É um dos grandes destaques do HB20. O hatch usa o mesmo estilo que a Hyundai já espalhou em toda a sua gama: a “escultura fluida”. O conjunto agrada bastante, ainda mais por emprestar requinte em um segmento de entrada, algo incomum. Os faróis esguios, a linha de cintura ascendente e os diversos vincos na carroceria dão o tom. Nota 9.

Custo/benefício – O HB20 está um pouco acima da média de preços do segmento. Na versão topo de linha, a testada Premium, o Hyundai vai a R$ 44.995. Entre os compactos vendidos no Brasil, apenas modelos que tentam emplacar como “premium” são mais caros, caso de Citroën C3, Ford New Fiesta e Honda Fit. Em resumo, o HB20 é um compacto competente, com desempenho animador do motor 1.6 de 128 cv, design inspirado e com recheio moderno. Deve, no entanto, um preço mais competitivo para brigar com seus reais concorrentes, em média 10% mais baratos. Enquanto é novidade, isso ainda não está incomodando os que querem comprar. Nota 6.

Total – O Hyundai HB20 1.6 Premium somou 78 pontos em 100 possíveis.
 
 
Impressões ao dirigir

Presença em cena

A tal expectativa criada em torno do HB20 é facilmente percebida nas ruas. Basta pegar um trânsito um pouco mais puxado que os olhares todos se voltam para o belo hatch da Hyundai. Mesmo depois de dois meses do lançamento, o interesse no carro é alto e ele desperta curiosidade por onde passa.

Para a sorte da fabricante sul-coreana, o HB20 não se apoia só em um desenho diferente para se destacar. Não demora muito tempo na direção para perceber o ótimo comportamento dinâmico do hatch. O motor 1.6 com comando variável de válvulas sobra e empurra os pouco mais de mil quilos do modelo com vontade. Depois de pegar embalo, a relação peso/potência ajuda e o compacto logo fica “animado”. O único “senão” do desempenho fica para o rendimento abaixo dos 2 mil giros, ligeiramente murcho. A Hyundai tentou amenizar isso com relações curtas no bom câmbio manual. 
 


O resto da dinâmica também agrada. A Hyundai escolheu uma linha mais esportiva para o acerto de suspensão do hatch. O conjunto é rígido e fornece bom apoio para uma tocada mais arrojada. As rolagens de carroceria são controladas e, em uso normal, o HB20 se mostra estável. Só em velocidades bem elevadas que a carroceria flutua – mesmo assim, ligeiramente. Os pneus são adequados para a proposta e tem medidas 185/60.

Evidentemente, a opção por uma suspensão mais dura tira um pouco do conforto ao rodar, mas isso não chega a incomodar ao volante do compacto. Não ocorrem muitas daquelas batidas secas e os ocupantes dispõe de dose de conforto aceitável para o nível do segmento. Os bancos tem papel nisso. Além de espuma de densidade correta, têm apoios laterais generosos. No banco traseiro, a falta um apoio de cabeça para o acento central compromete a segurança de quem viaja ali. Um apoio de braço para o motorista também cairia bem, pelo menos nessa versão “top”.

O resto da vida a bordo do HB20 também é simples e fácil. A direção é direta e tem peso certo para manobrar o carro sem dificuldades. A visibilidade é boa mesmo com os pequenos vidros laterais. Os comandos “vitais” do carro estão à mão e tem funcionamento intuitivo. Dentre os secundários, alguns aspectos destoam do resto, como o solitário botão do computador de bordo no meio do painel e o sistema de som, com aspecto simplório ao extremo. 

O acabamento é acima da média. Os encaixes são feitos com muita precisão, mesmo que a escolha dos materiais não seja das melhores. Só a parte central do painel é revestida de um plástico agradável ao toque e aos olhos. O resto é rugoso, sem qualquer sofisticação. Há grandes apliques de tecido nas portas, o que aumenta a sensação de requinte à bordo, assim como alguns apliques prateados no interior. Itens que, de fato, deixam o HB20 Premium “bem na foto” em relação aos concorrentes. 
 
Ficha técnica

Hyundai HB20

Motor: Gasolina e etanol, dianteiro, transversal, 1.591 cm³, quatro cilindros em linha, quatro válvulas por cilindro, comando duplo no cabeçote e comando variável de válvulas na admissão. Acelerador eletrônico e injeção eletrônica multiponto sequencial.
Transmissão: Manual de cinco velocidades à frente e uma a ré. Tração dianteira. Não possui controle de tração.
Potência máxima: 128 cv e 122 cv a 6 mil rpm com etanol e gasolina.
Torque máximo: 16,5 kgfm e 16,0 kgfm a 4.500 rpm com etanol e gasolina.
Diâmetro e curso: 77,0 mm x 85,4 mm. Taxa de compressão: 10,5:1.
Suspensão: Dianteira independente do tipo McPherson, com molas helicoidais, amortecedores telescópicos pressurizados e barra estabilizadora. Traseira semi-independente por eixo de torção, barra estabilizadora, molas helicoidais e amortecedores. Não possui controle de estabilidade.
Pneus: 185/60 R15.
Freios: Discos ventilados na frente e tambores atrás. Oferece ABS com EBD.
Carroceria: Hatch em monobloco com quatro portas e cinco lugares. Com 3,90 metros de comprimento, 1,68 m de largura, 1,47 m de altura e 2,50 m de distância entre-eixos. Airbag duplo frontal de série.
Peso: 1.027 kg.
Capacidade do porta-malas: 300 litros.
Tanque de combustível: 50 litros.
Produção: Piracicaba, São Paulo. 
Lançamento no Brasil: 2012.
Itens de série: Ar-condicionado, direção hidráulica, airbags frontais, limpador do vidro traseiro, freios ABS com EBD, vidros elétricos nas quatro portas, chave canivete, desembaçador traseiro, faróis de neblina, coluna de direção regulável, retrovisores elétricos, rádio CD/MP3/USB/Aux/iPod com comandos no volante, rodas de liga em 15 polegadas, sensores crepuscular e de estacionamento, rodas de liga em 15 polegadas e volante revestido em couro. 
Preço: R$ 44.995.